terça-feira, 26 de agosto de 2008

Remember Yesterday*

Algumas coisas vêm com o amadurecimento. Um colega de trabalho costumava dizer sempre: "eu fico velho não é só para ficar feio". Pois bueno. Com este amadurecimento você começa a questionar algumas coisas que lhe rodeiam e começa a perguntar a si próprio porquê elas assim o são. Uma das piores coisas que existem, na minha modesta opinião, é o pré-julgamento. Pessoas que pensam coisas a seu respeito ou tiram conclusões sem ouvir seu lado, sem saber o que você tem a dizer, que baseiam suas opiniões a respeito de você ou de alguma outra coisa tão somente por aquilo que percebem e que acham ser verdadeiro, ou então baseadas no que os outros a disseram.

Não tire conclusões precipitadas. Não tente adivinhar como as coisas serão. Não faça as coisas apenas quanto tiver todas as garantias ou quando tudo estiver bem do jeitinho que você gosta. Não deixe de experimentar, abra os braços e viva. Vá fazer as coisas. Aprenda errando, tentando, vendo como é. Não tenha medo do que pode acontecer. Aprendemos com os tombos. Aprendemos com as desilusões e com os percalços da vida. São eles que nos ensinam. Eles que nos dizem "viu só? isso realmente não dá certo". Portanto, deixe-se levar, permita-se. Veja o sabor que a vida tem, dê uma chance a si próprio de ver como a vida pode ter colorido e muito mais sabor quando você sai de dentro do seu cercadinho de bebê cheio de seguranças e vai para a vida sem travas, trancas e sem receios. A felicidade existe para aqueles que dão o passo a frente, que arriscam, que pagam pra ver. Pague para ver. Fernando Pessoa dizia que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena.". Não deixe que a sua vida passe em branco com mediocridades porque você simplesmente teve medo. Está com medo de que? De não conseguir? De se machucar? De não dar certo? Mas e daí? E daí se não der certo? Pelo menos você tentou, aprendeu, viu como era.

Se houverem arrependimentos em sua vida, que sejam arrependimentos por coisas que você fez, não pelas que deixou de fazer. Esta, esta sim, é a pior das dores. E é ela que nos dá a sensação fria e vazia que nossa vida passa rápido, que os dias ficam curtos e que desperdiçamos momentos preciosos de nossa curtíssima existência pensando se deveríamos ou não estender a mão e permitirmo-nos apreciar toda beleza e sabor que o mundo maravilhosamente nos presenteia. As oportunidades estão aí todos os dias. Não tenha medo. Agarre-se nelas e vá ser feliz. Lembre-se: sua felicidade depende única e exclusivamente de você mesmo. Portanto, PARE de ficar remoendo "será que eu vou? será que faço? Mas e se isso??? E se aquilo?". Ao invés de remoer, vá FAZER!

O momento Polaroid de hoje é especial. Sabe aqueles dias que você volta a ser criança? Hoje foi um destes dias. Encontrei perdido no meu HD um emulador de SNES e desenterrei o Super Mario 3. Claro que eu não ia parar de jogar enquanto não terminasse o jogo. Confesso que não passei por todos os mundos. Peguei as duas flautas no Mundo 1 e fui direto pro 8 =D


Lembra???


Mundo 1. Tem uma flauta na Fase 3 e outra no castelo.


Aí dá pra pular direto pro Mundo 8. Vencendo os obstáculos pra enfrentar o Bowser.


Os gráficos na versão pra SNES deram uma melhorada. O original não tinha os detalhes no fundo. Era só uma tela preta.


Segredo é fazer o Bowser pular sempre no mesmo lugar. Assim ele acaba se derrotando sozinho.


Momento de love com a Princesa e talz...


Pra recordar, um quadrinho de cada um dos 8 mundos:



















Namastê!

* Skid Row - I Remember You

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Live and let die*

Cheguei do mercado agora. Segunda-feira passada o pai tinha me ligado pra me lembrar sobre a Campanha de Vacinação contra a Rubéola. Tipo da coisa que se não está escancarado na minha frente eu não lembro de jeito nenhum. Peraí.... deixa eu colocar uma música agradável aqui.... ahhhh.. mto bom. Sublime - What I Got. Bom, voltando... eu já tinha passado do caixa do mercado e estava indo embora quando vi aquela fila de gente de braço de fora. Digamos que é o tipo de coisa que chama atenção dos transeuntes. Bueno, não é que era a tal de vacina contra a rubéola? Estava ali, de bobeira, era 19h de uma quarta-feira, não tinha nada melhor pra fazer, resolvi tomar. Estranho como algumas coisas de quando você era pequeno refletem-se pelo resto da sua vida e perpetuam-se por sua vida adulta. O jeito de tomar injeção é uma delas. Até hoje eu viro pro outro lado e fecho o olho. Ou então fixo o olhar em alguma coisa que me transmita paz, tranquilidade, ou que desvie meu pensamento do que está rolando. Dessa vez achei um simbolozinho do Grêmio numa cartaz da parede e fiquei olhando fixo pra ele. Quando me dei conta a enfermeira disse "Prontinho". Eu DETESTO tomar injeção. Tá legal , desculpa se eu não gosto da sensação de uma lança de metal fina, gelada e pontiaguda penetrar na sua carne do nada e largar um líquido lá dentro. Lembro quando eu era piá que eu tocava o terror no Posto de Saúde em Rio Pardo. Precisava de um batalhão de pessoas pra me segurar. Isso quando eu não me soltava e deitava o cabelo (que eu ainda tinha). Até me pegarem podia demorar muito tempo. Não sei direito o que adiantava fugir, uma vez que eu teria que acabar tomando a injeção de uma forma ou de outra. Acho que eu gostava de passar a sensação que eu estava tomando, mas que não venderia barato.

Quando já era um pouco maior, tipo uns 6 ou 7 anos, lembro de um dia que eu falei pra mim mesmo "Hoje eu serei bem homemzinho e não vou correr de medo". Estufei bem o peito e fui pra fila. Peito inflado, cheio de orgulho. Eu estava crescendo. Estava me tornando um homenzinho. Aquelas coisas bobas não me assustavam mais. Afinal de contas eu já tinha 7 anos! Foi quando de repente eu comecei a prestar atenção nas crianças que estavam na fila na minha frente. O primeiro da fila era um piá mirradinho do colégio onde eu estudava que arregalou um olhão do tamanho do mundo quando enxergou a "bitola" da agulha - lembrem-se que pra criança tudo é sempre maior - e abriu um bocão que parecia uma lua de tanto chorar quando espetaram aquela agulha monstruosa nele. Pra que né? Como naquele dia minha mãe tava com a "guarda baixa" porque eu tinha prometido me comportar, foi fácil escapar. Acho que eu nunca corri tão rápido na minha vida. Eu dava umas voltas ao redor do Posto de Saúde, onde hoje é a delegacia de Polícia(eu acho), e não tinha quem me pegasse. Era enfermeira, mãe, pais dos outros meninos e até uns piás FDP que já tinham tomado injeção e queriam ver eu levando a pior também tentando me pegar. Normal. Só que nesse dia ninguém me segurou. Tiveram que ligar pro meu pai, que saiu láááá do trabalho dele pra me fazer tomar injeção. Grandes merda que eu fiz, né? Além de tomar a injeção que doeu barbaridade ainda apanhei de alpargata depois. Realmente a gente faz umas coisas geniais quando é criança.

Ai ai .... quarta-feira. Meio da semana. Quarta-feira é um dia da semana que, quando tudo ocorre na sua normalidade, eu resolvo voltar direto do trabalho para casa e me dedicar a alguma atividade doméstica. Hoje, por exemplo, vai sair um macarrão com manjericão e molho de tomates. Troquei de roupa, abri uma garrafa de vinho tinto, alongamento, relaxar corpo e alma. Hoje foi um daqueles dias no trabalho que eu prefiro esquecer. Parece que todos os problemas do universo resolveram acontecer no mesmo dia. Pelo menos todos que apareceram foram resolvidos. Parece que os únicos problemas que ainda me restam são os mais importantes, os que não dependem só de mim, os que eu queria ter o poder de resolver sozinho, mas que sei que não posso. Calma, Thiago. Quem espera sempre alcança - ou se cansa.

Bah.... ontem teve reunião extra-ordinária em cima da hora do Dose Dupla na casa da Moni. Eu, Moni, Mari, Márcio e Camila assistimos ao clássico
Poltergeist. Acho que o filme era bem mais assustador na época em que foi feito, mas eram outros tempos. Na verdade os filmes de terror de hoje em dia são muito baseados em "cagaço". Tá tudo quieto e de repente BOOO! e tu toma um puta dum cagaço de dar pulo do sofá. Poltergeist não tem disso, É um filme que é aterrorizante pelas coisas que acontecem, não pelos sustos que tu toma. Se você é um mané assim como eu que ainda não assistiu, tenha a bondade.


"Carol Anne...."

Namastê!

* Beatles - Live and Let Die
* Guns n Roses - Live and Let Die

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

We are showroom dummies*

Esses dias eu estava de papo com meu amigo Márcio e ele comentou uma coisa que eu ainda não tinha parado para pensar. Nós, homens, sempre temos uma "diversão extra" quando vamos ao banheiro dar uma mijada. Senão vejamos: quando o banheiro é de mictórios, existem alguns tipos diferentes de eliminadores de odor que podem ser encontrados. Os mais comuns são uns disquinhos coloridos (normalmente cor-de-rosa ou amarelos) que tem um furinho no meio. Taí a diversão. Você passa o tempo todo tentando acertar bem no meio do tal furinho. Quanto mais tempo você deixar o jato estável e acertando constantemente no mesmo local, mais pontos você acumula. Outro tipo bastante encontrado são as bolinhas de naftalina. Aí é uma festa. O objetivo primário normalmente resume-se em ir juntando todas no meio até que formem um amontoado uniforme de bolinhas. Se algum sacana já passou ali antes de você, sem galho. Comece dando uma jatada bem no meio que elas esparramam. É mais ou menos como a tacada inicial de um jogo de sinuca.

A última moda que andaram inventando por aí é colocar um pedrao enorme de gelo dentro do esquema. Se alguém aí for entendido e quiser elucidar qual a explicação científica, por favor, se manifeste. O que eu sei é que gelo eh um dos mais legais de brincar. Seu objetivo primário é fazer um furo até do outro lado. Dependendo de quanto vc bebeu ou da grossura da barra de gelo isso nem sempre é possível, mas a diversão já está garantida pelo buraquinho que você conseguiu fazer.

Viram como a gente se contenta com pouco? Depois, vocês mulheres, dizem que conseguem fazer tudo que a gente faz e ainda por cima de salto alto. Quero só ver vocês fazerem alguma das coisas acima! HAHAHA.

Momento tricolor... ah Grêmio, meu Grêmio meu Greminho, meu querido, meu amor... o que falar do Grêmio? Não tem, tchê... não tem o que falar do Grêmio. Simples assim. Nada explica esse time. Time que 1 semana antes de estrear no Brasileirão empatou com o Avaí em Floripa e ganhou apertado do Ivoti. Aí chega no Brasileirão patrolando todo mundo, deixando pra trás equipes com uma folha de pagamento muito superior (COF..COF... Macacos) e que vivem contratando estrelas. Time que a torcida xingava absurdamente o técnico e queriam o homem fora a todo custo e agora aplaudem efusivamente seu nome quando anunciado nos auto-falantes do Olímpico (confesso que ainda dou uma mini-vaiadinha pra dar sorte). Não tem como explicar isso. Algumas coisas não precisam de explicação.

E, como não podia deixar de dar uma cutucada no arqui-rival que caiu de QUATRO ontem, vai aqui uma homenagem super especial a um dos jogadores lá do Chiqueirão da beira do lago Guaiba mais admirados e queridos pela torcida Gremista.


"Clemer, querido, Geral está contigo".

Final de semana teve ainda, no sábado, a formatura do Thiago Brum vulgo Vassourito, Mr. Broom ou "Boca de Fronha" para os íntimos. Mais um louco no mundo a trabalhar com Sistemas de Informação. Tem gente que realmente não aprende. A pior de todas é minha irmã, que teve o exemplo em casa e ainda assim resolveu embarcar na aventura de fazer Computação. Tem louco pra tudo, não é vero?

Momento Polaroid!!!! \o


Agora com "équio"!


Mais faceiro que ganso em taipa com o presente.


E a bailanta rolou solta depois.


Tinha que ter umas fotos meio esquisitas.


Na boa e na ruim.


O berço que acalenta nossos sonhos. O caldeirão onde nossos inimigos conhecem o Inferno.


Sempre tem um acalorado.


E esses aí.. bueno.... esses aí nem preciso falar!

Namastê!

*
Kraftwerk - Showroom Dummies

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Little things I should've said and done*

Rio Pardo tem umas coisas engraçadas de cidade pequena. Fui despertado na manhã deste último sábado, véspera de dia dos pais, por uma zueira incompreensível que vinha das ruas. Sabe quando você está no sétimo sono e aos poucos vai acordando com um barulho longínquo e ininteligível, que vai ficando cada vez mais claro até que você desperta? Pois é. Esse tipo mesmo. Aliás, abrindo um parênteses, essa história de sono é bem interessante. Me formei em informática, mas vamos a uma curiosidade a respeito do sono, um dos maiores mistérios da ciência com relação ao ser humano até hoje. O nosso sono é em camadas. Tente imaginar uma piscina demarcada com indicadores de nível. Assim é nosso sono. Começamos mergulhando pela superfície, onde o sono é mais sensível e suscetível a se romper por barulhinhos idiotas. É normalmente o estágio que você está entrando (meio que fechando o olho) quando a guria resolve que quer "conversar" depois de dar umazinha. Bem mala. Falar coisas tipo "ai mas me conta o que tu fez hoje". Posso dormir? Por favor? Obrigado.

Voltando ao assunto, à medida que vamos relaxando e nos aprofundando, barulhos e incômodos pequenos já não nos acordam mais. Até que chegamos no fundo da piscina, onde coisas que passam na superfície já não nos incomodam, está mais escuro e estamos ferrados no sono. É nesta parte que se manifestam os sonhos, que são a manifestação de nosso sub-consciente (ou, em bom português, a manifestação dos pensamentos que estão abaixo da linha de consciência - aquilo que você pensa sem querer pensar, mas que mesmo assim seu cérebro pensa - entendeu né?). Pois é quando a patroa chega nessa parte do sono que tu pode pegar tuas coisas e te tocar pra Carmen que ela não acorda por nada desse mundo. As pessoas que tem dificuldade para dormir ou tem sono leve são aquelas que não conseguem atingir jamais esse nível. A maioria da população consegue.

O processo de despertar é meio parecido. É como se você fosse aos poucos submergindo e chegando nas camadas mais superficiais do consciente, até acordar. Por isto que, voltando agora lááááááá pro início do texto, quando você acorda com uma zueira que vem da rua, seu despertar é gradual e parece que o barulho vai aumentando, aumentando (ás vezes até se mistura com algum sonho seu) até que você desperta.

FECHA PARÊNTESES. Bueno, coloquei a roupa e fui lá na frente para ver o que era. Cara... sem noção. Um tiozinho de microfone na rua com uma galera vindo atrás de bandeirinha. Tinha esquecido dessas coisas bizarras que acontecem em cidade pequena em época de eleição. Como se conhece todo mundo, o vivente sai pra rua de microfone em punho dando oi pras pessoas na rua e também pras que moram nas casas por onde ele passa. O resultado está aí:





Falando em Rio Pardo, já falei que o melhor peixe frito do mundo reside na minha bela cidade natal? Pois é. Quem me conhece sabe que eu odeio peixe. Porém, contudo, no entanto, eu sou louco pela traíra frita do Restaurante Costaneira de Rio Pardo. Acho que já falei desse restaurante no blog. Aquele que flutua quando tem enchente. Pois é, neste sábado ele estava flutuando. Dá uma olhada:



Mas e o peixe? Bueno, não podia faltar foto do peixe, né? Pois eis que surge:



Deu fome só de olhar, né? A traíra é bem sequinha, bem fritinha e o sabor é maravilhoso. Estacionados do lado de fora, carros de Santa Cruz, Porto Alegre, Canoas, Caxias. O lugar é super simples, como pode ser visto pela foto exterior, mas a comida é sensacional. Ah sim, e barata! Vale a pena. Rio Pardo fica a 1h30mins de POA.

Já que comecei a mostrar foto mesmo, vamos logo pro momento Polaroid \o_


Muito agradável acordar com isso aí.


Centro de Rio Pardo bombando no final de semana de dia dos pais.


Bah.... desde que eu me conheço por gente, esses tiozinhos param na frente do Banrisul e ficam a manhã toda de papo. Detalhe pro cusco que ouve atentamente ao conversê.


Outro ângulo do Restaurante Costaneira.


Oigalê enchente véia....


Por isso o tiozinho do Costaneira resolveu fazer um restaurante flutuante.


Prédio tombado pelo patrimônio histórico que será todo reformado. Atentem para o ano no topo.


A solução sábado foi assistir o Tricolor dos Pampas num buteco,


Butecão na concepção clássica da palavra. Deu sorte! Continuo não vendo ninguém à minha frente!


Consegui até um ajudante na cozinha.


Não podia faltar uma dos cães.


"No meio do caminho havia uma árvore..."


A melhor parte de uma viagem é o retorno para casa.

Namastê!

*
Pet Shop Boys - You are always on my mind

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

I've another confession to make *

Tava hoje de manhã tomando um chimas com a Drika na mesa dela e sei lá como surgiu o assunto sobre "projetor de slides". Ah... lembrei como o assunto surgiu: a guria pega e compra um par de calça "pantalona" - é assim que escreve? - e comentamos que provavelmente nossos pais usavam aquilo. Uma calça em que devem caber umas três pernas dentro. Mais parece uma bombacha. Daí lembrei das fotos do Seu Paulo de calça pantalona nos longínquos anos 70. Não existem muitas FOTOS em papel daquela época lá em casa (pelo menos não que eu tenha conhecimento). O que eu jamais esqueço são as memoráveis "sessões de slides". Sessões de slides fazem parte de algumas das mais remotas lembranças de infância que tenho. Aquela sala escura, projetor na parede e aquele barulho "vrrrrrrrrrrrr" do ventilador que arrefece a lâmpada. O feixe de luz do projetor evidenciava as partículas de pó suspensas no ar que só percebemos que estão ao nosso redor em eventos como este, quando um feixe de luz muito forte é projetado em um ambiente escuro. Enquanto a máquina ia sendo preparada, dava pra ficar brincando de fazer silhuetas com as mãos no feixe de luz para projetar na parede branca.

E que trabalho dava pra arrumar aquele treco. Lembro-me que o pai vinha com aquelas caixas cheias de slides, dentro de umas caixinhas menores. Os slides estavam organizados por assunto e em ordem, mas sempre tinham uns meio perdidos no nada. Aí tinha-se que ir colocando um por um dos slides dentro do carrosel da máquina. O sistema era bem simples, porém engenhoso. Era um cilindro com vários slots onde se colocavam os slides um a um. Quando você dava o comando para ir pro próximo slide, o carretel girava uma posição e um mecanismo puxava o próximo slide para frente do feixe de luz, projetando-o na parede. Fazia um barulho "cléc-clac" quando mudava de slide. São os avós dos atuais projetores digitais ligados na saída de vídeo dos notebooks.


Aqui vai um, pra quem nunca viu na vida.

Lembro bem que lá em casa normalmente rolavam os mesmos slides sempre. Uma viagem do meu pai pra Amazônia, pelo Projeto Random, em mil novecentos e guaraná com rolha e uns outros de quando meus pais moravam em Santa Maria. Nesses aí que aparecem as tais calças pantalonas. Devem ter outros, mas esses são os que lembro bem.

Impressionante como a tecnologia avança, mas as coisas que as pessoas fazem não mudam muito. Recordo-me que, após voltar da minha primeira viagem aos States, eu consegui ligar meu notebook a um desses projetores digitais e fiz uma sessão com meus pais na sala da casa deles, em Rio Pardo. Foi uma coisa meio flashback. A sala escura, as particulas de poeira no ar, o brinquedo com as mãos na parede e o ronquinho sonolento do ventilador da lâmpada eram os mesmos. "Quanto mais as coisas mudam, mais elas ficam a mesma coisa"

Momento Polaroid de hoje com fotos do Happy Hour da FGV no John Bull quinta-feira passada. Estava tocando a banda do Nando Gross. Rockzinho de primeira linha, anos 70 e 80.


Dois bonitões cabeludos na foto. Se eu não tirasse uma foto com Nando Gross minha irmã me matava.


Rock and roll!!!


Nem tudo é tão ruim quanto parece...


... sempre existe uma outra perspectiva.


Só pra ninguém esquecer...

Namastê!

* Foo Fighters - The Best of You