sexta-feira, 27 de junho de 2008

Forget what we're told before we get too old*

Frase clássica do nosso prezado e carismático (apesar de ser colorado) colega Sílvio Braga no almoço de aniversário da Thyelle hoje ao meio-dia no Restaurante Panorâmico da PUC: “Thiago, tu tens que ver que alguns rituais que fazíamos no passado não cumprimos mais hoje”. Esta afirmação deve-se ao fato de eu ter comentado à mesa que as pessoas não cantam mais as duas estrofes do “Parabéns a você” de forma repetida. Me lembro que quando eu era pequeno, sempre cantava-se “Parabéns a você” duas vezes. Na primeira, mais comportados e na segunda mais entusiasmados, mais rápido e batendo palma mais forte. Aí no fim o pessoal já estava batendo palma tri forte desritmadamente.

Eu não sei o que está acontecendo com o mundo. A pressa das pessoas em fazer tudo. Tudo tem que ser rápido, no horário, ágil, pontual, pra ontem. Agora está até mesmo refletindo-se no “Parabéns a você”. Parece que é perda de tempo cantar a outra estrofe. Sempre vou chegando ao final da primeira parte já meio com um pouco de tristeza por notar que ali no finalzinho a galera já está dando aquela murchada característica de quem não vai “cantar a segunda”. Sei lá se não é porque a gente fica melindrado com o constrangimento normal da pessoa em ter parabéns cantado pra si, que é uma das coisas mais vergonhosas do mundo, e ficamos com vontade de acabar aquilo de uma vez em solidariedade á pobre criatura. Quando a gente é criança a gente não tá nem aí e quer mais que o colega tenha dor-de-barriga de tanta vergonha mesmo. Eu que o diga que tive essa música cantada pra mim por 60 pessoas na Pós semana passada. Fiquei uma beterraba de tão roxo.

Falando em pressa, tem um defeito meu estou tentando desvencilhar: Eu tenho pressa quando não precisa. Estou sempre com pressa no trânsito, na rua, na chuva, na fazenda e até mesmo numa casinha de sapê. Não, não sou de correr. Mas eu gosto de ficar o mínimo de tempo possível no trânsito. Dar uma de taxista e me enfiar entre dois carros pra parar na sinaleira mais pra frente, ou então dar aquela cruzada no sinal amarelo pra não esperar mais 2 minutos. Quando se tem um compromisso, tudo bem. Mas um dia me peguei fazendo isso num sábado de manhã que estava indo ao mercado público de Porto Alegre comprar umas coisas. Cara... QUAL a pressa de chegar ao mercado numa manhã de sábado? Eu não tinha absolutamente NENHUM compromisso depois... nada.. não tinha NADA pra fazer. Então qual a pressa? Ainda bem que no meio do caminho me dei conta e perguntei-me: “Thiago... por que tu estás com pressa?”. me respondi “Não sei... porque eu sou um babaca, quem sabe?”. Deve ser por isso mesmo.

Vivemos num mundo em que tudo é apressado, rápido urgente. Será que ás vezes não seria uma boa idéia pararmos para indagar a si próprios se aquilo é realmente necessário?

No Polaroid today...

Namastê!

* Snow Patrol – Chasing Cars

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Words are very unnecessary*

Vou dar uma chupinhada no que acontece no blog da Moni e começar a colocar no final dos posts qual a música à qual me refiro no título dos posts. Não sei se você já notou, mas os títulos dos posts são sempre um título ou uma parte de uma letra de alguma música. Ah já tinha notado? Tá pensando agora "Como esse Thiago é idiota. Pensa que todo mundo é burro?". Bueno, não tô nem aí pra o que tu pensa. Informação nunca é demais!

Tá bom... era só o que me faltava. A sessão de comentários do meu blog virou chat! Pior de tudo é que parece que o Seu Paulo pegou gosto pela coisa. Acho que está na hora de ele criar um blog pra ele. Hehehehe. Pior que não imagino meu pai escrevendo um blog. O véio já é mais ocupado que cafetina em dia de soldo.

Falando em pai e mãe, este final de semana consegui realizar uma proeza quase impossível: consegui convencer meus pais (meu PAI pra ser mais específico) a vir passar o final de semana em Porto. Foi meu aniversário semana passada, caso você, caro leitor, não saiba, agora está sabendo com 1 semana de atraso. Final de semana começou na sexta-feira. Folguei do trampo na sexta ao meio-dia e tirei a tarde. Fui de transporte público mesmo (Ipiranga/PUC) para a rodoviária e de lá peguei um busão pra Rio Pardo. Não fazia sentido eu ir de carro pra Rio Pardo, uma vez que eu retornaria no dia seguinte com meus pais (mais Bidu e Chica) para Porto Alegre. Fazia muuuuuuito tempo que eu não usava transporte coletivo para viajar. É bom, dormi a viagem inteira absorto no meu iPod e curtindo a paisagem. No entanto, eu continuarei indo de carro pra Rio Pardo regularmente. Eu não pude levar meu notebook, por exemplo, porque não arrisco de jeito nenhum pegar taxi ou ônibus com um equipamento visado e que vale quase R$ 3.000,00. Por isso, não troco meu carro por nada.

No sábado, eu e o pai fomos na Stock Car em Santa Cruz do Sul. Cara... tava um frio, mas um FRIO de rengueá cusco! Sem noção. Em compensação, a corrida foi muito legal. Mais legal do que a edição do outro ano que deixou um pouco a desejar e teve o mesmo frio! A grande sacada mesmo desta corrida foi o fato de ela ser no sábado e proporcionar a oportunidade de retornar a Porto Alegre no mesmo dia e ainda conseguir ir no Olímpico no Domingo para ver o Tricolor. Meus pais voltaram comigo e fomos jantar na excelente galeteria Primo Polastro. Se não conhece ainda, não deixe de conferir. Melhor galeteria de Porto Alegre, sem sombra de dúvida. Galeto bem temperado suculento, massas gostosas, bem feitas e caprichadas, rúcula tenrinha e crocante e um atendimento da melhor qualidade. Não é famoso, não é chique, mas custa bem menos que a Via Veneto (considerada melhor galeteria de Porto Alegre – que de galeteria tem cada vez menos).

Domingão levei a família pro estádio. Essa sim foi a grande proeza do final de semana. Vocês não imaginam há quanto tempo eu vinha cozinhando o pai com essa idéia de levar ele e a mãe no estádio. Se dependesse da mãe eles já teriam vindo há horas, mas o negócio com o Seu Paulo é mais embaixo. Pois não é que o competente e bem postado time do Grêmio deu aos meus pais bons motivos para repetir a dose? Três gols de Roger cobrando pênaltis (com direito a paradinha no final). Se um jogo memorável destes não for motivo suficiente para incentivar os véios a repetir o programa em outras oportunidades, então eu não sei mais o que o é. Pode-se dizer que foi um final de semana onde tudo foi perfeito e conforme o planejado. Mãe, Pai, nosso apê está sempre aberto para vocês visitarem. Espero que tornemos o programa deste fim de semana um hábito a ser repetido pelo menos bimestralmente. A propósito, segue o vídeo que fiz do terceiro gol:



Agora......Momento Polaroid!!!


Busão pra RP - Vista do Guaíba pela janela.


Stock FRIO - Parecem dois sem-terra!


Mazáááá tricolor véio (detalhe que a guria que está "de guarda" da bandeira é colorada! :P )


As máquinas se preparando pra peleia.


Coisas que você só vê numa corrida de Stock no interior do RS.


Voltando para Poa no sábado. Momento "Twilight Zone" na BR-290.


A mistura de umidade e sol formou um belo arco-íris antes do início do jogo no Domingo.


E também proporcionou um belo fim de tarde.


Família Ene (finalmente) reunida no Monumental!


Meus exemplos de vida, conduta, caráter e corretude. Voltem sempre!


Essa foi da janela da Dell. São Pedro anda inspirado!


Namastê!

* Depeche Mode - Enjoy The Silence.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Bizare Love Triangle

Doze de junho. "Dia dos Namorados". Neste dia eu gostaria de dar os parabéns à pessoa que eu mais amo neste vida: EU. Sim, eu. Não sei se você sabe, mas o amor começa consigo próprio. Ame-se e cuide-se que você fará com que o amor por você seja despertado também em outras pessoas. Mário Quintana certa vez escreveu "Não cace as borboletas. Cuide de seu jardim e elas virão até você". Pois o velho poeta estava mais do que certo. Tristes aqueles que precisam estar grudados em alguém para terem felicidade em suas vidas. Quem faz minha felicidade sou eu. Namorada é alguém que apenas enaltece e compartilha a felicidade que você já tem dentro de si. "Quero achar alguém pra me fazer feliz". Me embrulha o estômago quando escuto isso.

Engraçado... uma vez que eu disse pra alguém num desses papos de MSN que eu achava dia dos namorados uma data rídicula. Data comercial, inventada para cobrir o buraco de vendas entre dia das mães e dia dos pais. Os comerciantes que ficam apaixonados pelos consumidores nesta data, isso sim. É a única data do ano em que você fica meio assim se não der flores, se não levar pra jantar, se não der um cartão. "Pega mal...". Pronto... era só o que nos faltava: inventaram um dia onde demonstrar o que devia ser espontâneo e de surpresa virou obrigação! Quero deixar bem claro que não sou contra agradar a quem ama. Bem pelo contrário. Eu até acho que sou demais. Mais do gostaria, porém bem menos que eu já fui um dia. Talagaços da vida servem para alguma coisa. However, no entanto, contudo, acho um absurdo marcar dia do ano para que você de alguma forma demonstre carinho à pessoa amada. Mas bueno, a culpa é de todo mundo, né? O povo aderiu, todo mundo faz. Se eu fosse comerciante faria a mesma coisa. Eu acho muito mais válido dar rosas de surpresa num... 5 de setembro.

Pois nesta mesma conversa de MSN me foi proferida a seguinte pérola: "Como você consegue ficar sem namorada?". Péra lá... calma... vamos pensar só um pouquinho: como assim "como você consegue"??? Como se encontrar alguém fosse algo que dependesse do seu esforço, algo que dependesse de sua vontade única e exclusivamente. Claro que tem as fases de "agora eu quero sair passando o rodo" e fases de "eu queria ter alguém pra ficar comigo", mas o ter alguém não é uma questão de conseguir ou não conseguir ficar solteiro.

Tem uma coisa que é óbvia, mas parece que tem pessoas que não entendem: eu não sou solteiro porque QUERO ser. Eu sou solteiro porque ainda não encontrei a mulher que me faça tremer a perninha, coração bater mais forte, que me faça perder a fome, ficar grudado do lado do telefone e que me faça ter vontade de escutar Celine Dion de mão debaixo de uma macieira no outono, sabe? Eu jamais arranjaria namorada só pra "ficar bem pros outros pra todo mundo ver que tenho alguém". Nao é isso que quero pra mim. Sou bem feliz solteiro. Sei que ficaria mais feliz com alguem que eu goste de verdade ao meu lado. Alguém que eu possa levar pra uma viagem a Gramado, que eu leve pra conhecer meus pais, que vá comigo aos jogos do Grêmio, que veja um por-do-sol grudadinha em mim em um belo fim de tarde de Julho tomando chimas em Ipanema, essas coisas meigas. Mas enquanto ela nao pinta, eu sigo na minha. Não vou ficar com ninguém por carência de ter uma pessoa do lado ou pra bonito pros outros. Até porque se tem uma coisa que eu não sou é carente.

Sem mais delongas, vamos ao Momento Polaroid de hoje, que começa com pornografia. Um nu frontal sem pudores.....


Bidu, quanta indecência. Crédito da foto: Seu Paulo!


Fim de semana chegando ae.... churrasco bem gordo!


Momento veia artística: feixes de luz nas frestas da veneziana.


Foto artística no banheiro....


And the dawn will come and kiss away every tear that's ever fallen from your eyes.


Namastê!

terça-feira, 3 de junho de 2008

I am mine

Impressionante como o post da semana passada causou reações das mais diversas. No que diz respeito a comentários no próprio blog, meu caro amigo e companheiro de jornadas tricolores Guilherme deixou uma mensagem mais que motivadora, como sempre. Espero que esse pé quebrado apodreça e caia! Os outros dois comentários vieram de pessoas que eu gosto muito, porém que têm personalidades absolutamente opostas. Da mesma forma, os comentários delas acompanham a maneira de ser de cada uma. Não costumo ficar massageando textos idos, até porque o que passou, passou, mas queria deixar bem claro (caso não tenha ficado) que os parágrafos do texto não se relacionam. Ou seja, não fiquei choramingando pelos cantos porque alguém desmarcou um compromisso em cima do laço comigo, como pode ter dado a entender. Não sejam bestas em achar uma coisa dessas, porque sei que meus leitores (que podiam estar lendo as notícias do Terra agora ao invés de ler esse monte de besteiras) são pessoas extremamente inteligentes e vão além das deduções óbvias que podem ser tiradas ao pé da letra.

Não têm umas coisas que acontecem com você na infância que ficam marcadas pra sempre? Que você lembra cada detalhe da cena, as falas exatas e até a cor da sua cueca. Ainda hoje lembrei de uma dessas. Acho que esta contarei para meus filhos, netos ou talvez até bisnetos, seu eu chegar lá: eu devia ter uns 10 ou 12 anos. Eu e o pai estávamos na fazenda encilhando os cavalos pra sair pro campo. Como os estrangeiros podem não saber o que é "encilhar", eu explico: encilhar consiste em colocar por sobre o lombo do eqüino os apetrechos para montaria. Pois bem, estava encilhando a égua véia quando esta de repente fez menção de querer me morder. Informo que mordida de cavalo é uma das coisas mais doloridas do universo, depois, é claro, de deslizar num escorregador de gilletes e cair numa piscina de álcool. Cada apertada a mais que eu eu dava na cincha (não vou explicar. quer saber? GOOGLE it!), a égua virava o queixo pra tentar me morder. "Paiêêêêêêêê... acho que a égua tá tentando me morder!". "Ah é? Deixa que eu vou aí". E ele veio. Quando ele deu a primeira apertada na cincha, a égua tentou fazer a mesma coisa com ele. Ahhhh, mas pra que, né? Seu Paulo virou-lhe um gancho de direita de dar inveja ao Mike Tyson, certeiro no queixo da dita cuja. A égua saiu meio que perdendo o rumo, deu uns três ou quatro passos pra trás e caiu estatelada no chão de quatro patas pra cima que nem um saco de batatas. Mais tarde vim a descobrir que a única maneira de um homem derrubar um animal daquele porte é acertando fortemente a parte inferior do queixo. E eu ali, né? Olhando a cena estupefato com uma cara de 0.O ... what the fuck?! Naquele momento, o pai virou pra mim e proferiu palavras que eu jamais esquecerei. Palavras que tentarei passar adiante para meus filhos um dia e que espero que eles passem para seus filhos e assim por todo o sempre: "Meu filho, nunca esqueça que éguas, assim como as mulheres, são seres que tu deve tratar sempre com extremo carinho, mas, quando necessário, com alguma violência". É um profeta!

Falando de tempos presentes, uma nova cena começa a surgir no rock da capital Gaúcha. Começa a despontar no horizonte para fazer nome uma banda de extremo talento desses cinco guris que, além de serem altamente competentes no que fazem, ainda são super gente fina ao vivo. A "Pública" começa a crescer e a ganhar fãs dentro do RS e fora dele. E não é pra menos. Canções de letras muito bem escritas e inspiradas, sem pieguices de piazada emo sofrendo de amor chorando num canto escuro com a ponta da franja pintada de amarelo e de batom preto. Esses caras, influenciados principalmente por Strokes (ainda que tenham muita influência de bandas dos anos 80), fizeram renascer a mística do rock gaúcho que nos envolve, que nos faz fechar fechar os olhos e enxergar os prédios do Centro, os coqueiros da Osvaldo, os tipos estranhos da Redenção, o frenesi dos carros da Siqueira Campos e o por-do-sol do Guaíba numa tarde de domingo. Acesse, não custa nada:
http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=6446. Todos Mp3 são completos, de 128kbps e são DE GRAÇA. Baixe e escute. Se não curtir, azar o teu. Tu que tem mau gosto, não eu. Recomendo ouvir: Lugar Qualquer, Long Plays e Polaris. Deu preguiça de baixar? Então olha pelo menos um vídeo no youtube. Esse concorreu ao VMB: http://www.youtube.com/watch?v=lsEEjyY6BAg

Momento Polariod de hoje.... tem os próprios!!! Pública no Manara sexta passada (e claro, as besteiras de sempre).


Pedro, vocalista e lider da banda.


Publica rulez


Os caras vão longe...


O programa de sábado já não foi dos melhores. Café + HP 12C + trabalho de Matemática Financeira pro Pós. Quem mandou estudar...


Fantááááásssstico!!! Eu quero um desses pra mim!


Keep smiling =)


Namastê!